quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Infertilidade humana

Quando uma coisa dessas acontece na sua vida, salvo quando você é uma pessoa muito evoluída e espiritualizada e madura e Buda, é inevitável uma revoltinha básica!

Por que eu?
O que eu fiz pra merecer isso?
Por que as cracudas tem um filho atrás do outro?
Por que as pessoas jogam os bebês no rio e eu não posso ter o meu?
Sou menos mulher porque não posso gerar um filho naturalmente.
Meu marido vai me deixar e ter um filho com uma novinha piranha na primeira escapada.
Já sei! É seleção natural! Meus genes devem parar aqui!

Coisas absurdas desse tipo passam sim pela sua cabeça. E parece que o mundo ao seu redor engravida pra jogar na sua cara que SÓ VOCÊ NÃO PODE!


E não é um assunto fácil, legal de abordar. Algumas pessoas ficam com dó, outras com medo de serem as próximas e aí você vai se isolando, sofrendo sozinha, chorando pelos cantos, rezando a Deus pra acordar desse pesadelo. Mas não rola. Encara, fia, tu é diferentona.



Numa pesquisa rápida, na época, lembro de ter visto que a infertilidade feminina é 55% e a masculina 45%. Rapaz, se dói na mulher, avalie no homem?

Infertilidade não é bom pra ninguém. Acredite.

É um fantasma que te assombra pra sempre. Mas aí o tempo vai passando e você vai se adaptando. Vai se acostumando. Vai se aceitando.

Eu tenho sorte porque meu marido me ama de verdade. Ele nunca esfregou na minha cara as 5 estrelinhas que o espermograma dele ganhou. Pra ele sempre foi um problema nosso. E isso fez minha autoestima se manter mais alta que a maior escalada que já fiz!

Enfim, 2016 chegou e com o novo ano e a esperança de que a ciência resolvesse todos os nossos problemas,

Juntamos força, dinheiro e coragem e começamos a saga da fertilização in vitro (FIV).


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